Não se pode comprar a felicidade, mas parece que é possível pelo menos herdá-la, disseram pesquisadores britânicos e australianos nesta quinta.
De acordo com a agência Reuters, um estudo com pelo menos 1.000 pares de gêmeos idênticos e não-idênticos descobriu que os genes controlam metade dos traços da personalidade que tornam uma pessoa feliz, enquanto fatores como relacionamentos, saúde e carreira são responsáveis pelo restante de nosso bem-estar.
- Descobrimos que cerca da metade das diferenças em relação à felicidade são genéticas. É realmente surpreendente - disse o pesquisador da Universidade de Edimburgo, Tim Bates, que conduziu o estudo.
Os pesquisadores fizeram aos voluntários, cuja idade variava de 25 a 75 anos, uma série de perguntas sobre sua personalidade, como quanto eles se preocupam e quão satisfeitos estão com suas vidas. Como os gêmeos idênticos têm os mesmos genes (ao contrário dos gêmeos fraternos), os pesquisadores puderam identificar genes em comum que resultam em certos traços de personalidade e predispõem as pessoas à felicidade.
Pessoas sociáveis, ativas, estáveis, trabalhadoras e cuidadosas tendem a ser mais felizes, relataram os pesquisadores na revista Psychological Science. Os resultados representam uma importante peça no quebra-cabeça para os pesquisadores que estejam tentando entender melhor a depressão e o que faz diferentes pessoas felizes ou infelizes, disse Bates.
As pessoas que herdam uma personalidade mais positiva podem, conseqüentemente, ter uma reserva de felicidade para usar nas horas de estresse, acrescentou o pesquisador.
- Uma conclusão importante é que certos traços de personalidade, como ser extrovertido, calmo e confiável, dotam a pessoa de um recurso, uma 'reserva afetiva', que leva à felicidade futura - disse Bates.
(Reportagem de Michael Kahn)
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