Vigiar os pensamentos pode te ajudar em diversas situações (por Gisela Kassoy)
Andar, pensar, cruzar os braços são manifestações humanas que nos parecem absolutamente naturais. Entretanto, elas são fruto de um aprendizado inconsciente. Já reparou como algumas crianças andam igualzinho ao seu pai ou mãe?
Algumas pessoas adquiriram um jeito de andar que geram problemas de postura. Da mesma forma, algumas pessoas possuem um jeito de pensar que pode não ser o mais eficaz na tomada de decisões ou na geração de idéias. Exemplos? Você já participou de processos decisórios no qual alguém está usando sua criatividade e sua capacidade de articular para fazer valer o seu ponto de vista em vez de considerar outras alternativas?
E já participou de debates infindáveis sobre a causa de um problema que claramente tem várias causas? O Prof. Edward de Bono, considerado um dos maiores especialistas mundiais no Uso Produtivo do Pensamento, costuma comparar a nossa inteligência a um automóvel - ou seja, um instrumento, um potencial a ser trabalhado.
Por outro lado, nosso pensamento equivale à forma como conduzimos este automóvel, portanto a uma habilidade. Isto significa que pessoas altamente inteligentes são capazes de cometer "barbeiragens mentais", isto é, usar sua inteligência para argumentar, provar que não vai dar certo (em vez de enfrentar um desafio) ou podar idéias.
Reflita sobre esta história; "Imagine uma jovem no dia de seu casamento. Ela deveria ter acordado sentindo-se feliz, romântica e cheia de sonhos. Entretanto, nossa heroína acorda com uma forte impressão de que está em vias de fazer uma grande besteira. Uma voz interna clama "não quero mais". E agora? Como nossa heroína vai decidir este impasse?"
Há várias formas de ela conduzir o seu pensamento, e as mais evidentes seriam: Se ela pensar nas consequências a curto prazo ou no ponto de vista dos outros, ela se casará.
Se ela pensar nas consequências a longo prazo ou se confrontar seu casamento com seus objetivos, talvez não se case.
Talvez seus objetivos devam ser avaliados em função de suas prioridades. Se pensar em alternativas, pode resolver se casar mais tarde ou negociar com seu noivo as questões que a preocupam.
Se ela pensar nos fatores que fizeram com que ela acordasse insegura, pode chegar a conclusão de que seu receio é muito natural, tendo em vista o passo que ela está dando.
No que essa noivinha pode nos ajudar? Pense em alguma decisão que você já tomou...Que direcionamento deu ao seu pensamento? Você pode inclusive ter apenas reagido à situação, sem ter dado nenhum direcionamento específico. Imagine qual teria sido a sua decisão caso tivesse conscientemente ordenado o seu pensamento (ex. Vou primeiro pensar nos fatores, depois nas consequências, etc).
Experimente agora uma situação sobre a qual ainda não decidiu. Crie um roteiro para o seu pensamento. Siga este roteiro. Ajudou? Pense nisso.
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